E agora, o que será de nós?

Publicado originalmente na Gazeta do Povo

De todos os regimes de governo que temos acesso, ninguém duvida, a democracia é o melhor. Talvez os hebreus (de 1390 a.C.  1030 a.C.) tenham tido um regime ainda melhor: eles escolhiam seus líderes, seus magistrados, enquanto a ordenação da sociedade era obra da própria lei divina positiva.

De certa forma, temos na confederação das 12 tribos o embrião da democracia e das principais leis do Ocidente. Muitas de nossas leis atuais têm sua origem nos Dez Mandamentos e nas demais leis morais e judiciais que ordenavam a sociedade hebraica (Êxodo 20 em diante e Deuteronômio).

Depois desse rápido giro de mais de 3000 mil anos, voltamos ao Brasil. Uma semana do pleito eleitoral mais disputado da história brasileira. Com diferença de dois milhões de voto, o povo decide por Lula. Será a melhor escolha? Entendemos que não. Retornamos ao povo hebreu: depois de mais de 300 anos escolhendo seus líderes e tendo apenas a lei divina como última palavra, eles escolhem ter um rei, mesmo o profeta os advertindo do equívoco de tal decisão (1 Samuel 8). O fim dos hebreus é a diáspora e o cativeiro babilônico. Depois, opressão pelos romanos. Israel só volta a ser uma nação depois da 2ª guerra mundial.

Será que foi isso que aconteceu no último dia 30 de outubro? Fizemos a escolha errada? Somente o tempo dirá, mas o fato inconteste é que, na democracia, nossas escolhas políticas nem sempre são as vitoriosas. E, quando são, não significa serem as mais acertadas.

Deus abençoe nosso Brasil.

Rolar para cima